O ministro da Educação, Camilo Santana, participou de uma audiência na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (22) para esclarecer questões sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o agronegócio brasileiro.
Santana afirmou que não há interferência do governo nas provas do Enem e que as questões polêmicas foram elaboradas no governo anterior. Ele também disse que o governo Lula apoia e valoriza o setor agropecuário, mas que é preciso respeitar o meio ambiente e combater o desmatamento.
Santana foi questionado por parlamentares sobre algumas questões do Enem que, segundo eles, criticavam o agronegócio e associavam a atividade à exploração de trabalhadores, à invasão de terras indígenas e à degradação ambiental.
O ministro explicou que as questões eram de interpretação de texto e que não expressavam a opinião do governo. Ele também lembrou que as questões foram criadas em 2021, durante o governo Bolsonaro, e que não há possibilidade de interferência do Ministério da Educação ou do governo nas provas do Enem.
Santana também rebateu as acusações de que o governo Lula não gostava do setor agropecuário e disse que foi o governo que mais apoiou o agronegócio na história do país.
Ele citou o Plano Safra, lançado recentemente, como o maior plano da história para o setor, e destacou a importância dos grandes, médios e pequenos produtores para a economia brasileira e mencionou parcerias entre órgãos federais e universidades para o desenvolvimento da produção agrícola.
No entanto, o ministro também ressaltou que o governo se preocupa com a questão ambiental e que não é incompatível crescer respeitando o meio ambiente.
Ele disse que as mudanças climáticas são fruto da reação da natureza e que o cuidado com o ambiente beneficia também os produtores rurais, que dependem das condições climáticas para o plantio.
O Ministro defendeu que o crescimento econômico e do agronegócio são compatíveis com a proteção e o respeito ao ambiente.